Zine
O melhor tá no processo
Quando criança, desenhar era a brincadeira favorita da Letícia Nunes: “Eu lia bastante revista em quadrinhos e criava os meus próprios personagens também. Gostava de ilustrar as histórias das lendas folclóricas daqui da Amazônia.” A belenense conta que teve apoio da família desde o início e a área artística sempre foi um caminho possível: “Minha família me incentivou muito”.
Lenu, como assina e gosta de ser chamada, é autora de uma arte carregada de referências, traços e sensações. No seu processo criativo, tudo serve como inspiração, desde um ateliê que ela conheceu dobrando a esquina, até o que ela está vivendo naquele momento. “Eu percebo bastante que sou eu tentando encontrar o meu lugar no mundo, com uma regionalização. De onde eu vim, de onde eu sou, mas também com interferências desse mundo globalizado, sempre chegando novos estímulos, às vezes do outro lado do mundo”.
Na execução, o processo é bem espontâneo: “Vem como um impulso. Eu vou fazendo, começo a pintar e às vezes eu nem sei como vai terminar aquilo. Pra mim, o trajeto é mais importante até do que o resultado final”, comenta.
O trabalho da artista é bem colorido e misturado, mas isso não se dá pelo acaso. As cores estão presentes na vida toda de Lenu: “Meu armário de roupas eu organizo por cores, o meu material de pintura também. Tem semanas que eu tô a fim de usar azul, outros só um laranja. Então é meio que um estado de espírito. As cores realmente refletem algo emocional”.
Ela está cursando Artes Visuais e sonha poder tirar todo o seu sustento da arte. Sobre o seu propósito no mundo, reflete: “Eu só espero aprender bastante ao longo da vida, nunca parar de aprender coisas novas. E, se possível, ensinar alguma coisa pra alguém, sabe? Dar e retribuir, isso seria o meu maior objetivo”, finaliza.
Para saber mais sobre o trampo dela, acesse: instagram.com/lenuarte/