Zine

13 de dezembro, 2019 ARTISTA EM DESTAQUE

Para quem se alimenta da coragem

“Uma mina que já viveu muita coisa, mas que está em constante construção e se afirmando cada dia mais no que tem feito pra deixar sua marca no mundo”. É assim que a paulistana Thaisa Zanardi gosta de se descrever. Formada em Artes Visuais e amante das mais variadas formas de vida, Zana espalha música com canetas, sprays, traços, cores e formas por onde passa.

A afinidade com o mundo artístico apareceu lá na infância, quando ela já gostava de desenhar, pintar e se dava super bem nas aulas de artes na escola: “Desde então, nunca parei, mas fazia as artes como hobby mesmo. Cheguei a me formar em Artes Visuais, mas sempre trabalhei com arte, educação, monitoria em exposições etc.”. Sempre quando rolava uma oportunidade, ela fazia trabalhos por encomendas em murais e quadros, até que chegou um momento em que decidiu encarar isso como uma profissão.

Numa dessas oportunidades, Zana foi convidada para pintar a fachada Cine Petra Belas Artes, em São Paulo. Ela trabalhava numa distribuidora de filmes, conhecia um pessoal e foi chamada. Para ela, foi um trabalho bem especial, mas uma grande responsabilidade também: “A linguagem do cinema tem características fortes, rostos inesquecíveis e icônicos, mas enxergo o Belas como um espaço de arte e cultura acima de tudo. Outras coisas poderiam ser impressas ali, e assim eu fiz. Imprimi minha assinatura e meu coração lá e vai ficar por um tempo, foi um desafio e tanto”, comenta.

Suas artes são bem coloridas e ela adora trabalhar com símbolos diversos que a intrigam e a encantam. Unindo um pouco do abstracionismo, doodle art e arte visionária, as suas criações possuem repetição de padrões e linhas e resgatam a ideia do desenho como um mantra ou uma saudação materializada: “Algo que se repete inúmeras vezes e cada um tem uma intenção, uma onda ou vibração”.

A inspiração para criar vai muito além da pesquisa e referências. Ela vem das sensações, da espiritualidade e da vida num geral. Zana acredita que todos possuem um lado intuitivo e que ele é responsável por produzir muita coisa. Em linhas gerais, para a artista, o seu trabalho é um processo de autoconhecimento: “Em cada desenho que crio, em cada linha que traço, me observo. Minha arte me recria (…) Então, antes de ter a pretensão de chegar em algum lugar, ela acessa a mim mesma primeiro”.

Para ela, a arte é uma ferramenta incrível que permite que o espectador ressignifique os conteúdos a partir de seu repertório pessoal. Vai muito além de algo decorativo: ela é uma ferramenta de comunicação, também passa sensações e tem o poder de unir a pessoas.

Com a perspectiva de expandir o seu trabalho pelo mundo e ocupar espaços, Zana se alimenta da coragem: “Coragem galera, o mundo é grande e é HOJE! Persista!”. Para saber mais sobre a artista, acesse: instagram.com/zanartss/