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11 de novembro, 2021 ARTISTA EM DESTAQUE

Curiosidade do mundo

Pelas ruas da cidade, Dudi explora o urbano e traz um respiro para o cinza cosmopolita: no lugar do rápido e caótico, ele abre espaço para um mundo cheio de cores e magia.

 

Quando começou a sua história com a arte?

Seria massa poder ver, como recortes de um filme, nosso começo com a arte e poder entender mais desse processo. Então acho justo visitar as memórias de quando pequeno e lá encontrar momentos onde estou brincando, dançando, desenhando, assistindo animações, imaginando situações, e perceber que a arte já se anunciava ali, em meus primeiros movimentos.

Minha história com a arte começa em casa com meus pais, irmãos, amigos e com as dificuldades e limitações presentes; com as leituras, filmes, os importantes jogos de imaginação com meus irmãos e todos esses momentos ricos de quando eu era criança.

Pensar em todas as pessoas e ambientes em que estive e entender suas importâncias, ver na faculdade o abundante jardim vivo artístico; todo esse conjunto de experiências e lembranças, auxiliando em meu localizar no espaço, e tudo mais que eu não possa dizer me faz entender meu primeiro despertar como artista.

Por que Corua?

CORUA é uma palavra que vem de duas outras muito bonitas: cor + rua. Já na pronúncia, não curto criar regras: muitos pronunciam como CORRUA ou até mesmo CORUÁ. Gosto de ouvir essas diferentes sonoridades e acho graça.

Juntar a Cor mais o espaço urbano me é muito apaixonante, trazer um respiro para as ruas, que muitas vezes são um lugar de fluxo rápido e caótico.

 

Quem é essa personagem tão presente no seu trabalho?

Sobre a personagem que quase sempre está presente, devo dizer que na ideia inicial não pensava em chamá-la Corua. Por algum motivo acabou acontecendo de modo natural e acho legal isso… Então, C’est Corua!

Bem, Corua é então uma possibilidade que venho descobrindo diariamente, que me põe em constante estado de inquietação, momentos onde me encontro limitado ou até mesmo sem o controle dos caminhos que a personagem pode seguir. É engraçado de se ver que em uma única obra temos a presença de diferentes técnicas, como lambe-lambe, ilustração, animação, pintura, intervenção em foto e muito mais. É sensacional tentar relacionar essas diferentes linguagens. Como artista, vejo a personagem com o potencial de me possibilitar criar e andar por muitas técnicas.

Apesar de ser a mesma personagem, ela se transforma, né? Parece que em cada situação ela se apresenta diferente. Você poderia falar um pouco sobre isso?

Sim! Corua está sempre a mudar, uma característica marcante de cada momento se apresentar de forma diferente, como se fosse uma escolha própria. A personagem também se adequa ao lugar, seja na textura da parede ou ao local; também se adequa o próprio trabalho ao meio, representado em diversas mídias, físicas e digitais. Assim são incrementadas mais camadas de sentido nas questões de representatividade da Corua. Gosto de pensar nas limitações da personagem e potencializar isso através da criatividade.

 

O rosa tá bem presente nas suas artes. Existe um significado especial ou é uma questão de gosto mesmo?

Onde os sonhos estão, o rosa também está.

Penso no rosa com seu potencial de fantasia, uma cor para se dar o respiro e otimismo. Gosto também de combinar uma cor suave e delicada com a dureza das ruas, até porque o que se espera do rosa é sua combinação com coisas miúdas.

 

Onde você quer chegar com a sua arte?

Tenho como vontade ser um fator de soma para a minha comunidade. É sobre estar transformando o espaço onde vivo para melhores possibilidades e estar sempre aprendendo para poder ensinar.

 

Quer conhecer mais sobre o artista? Corre aqui: https://www.instagram.com/corua_/