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19 de janeiro, 2024 ARTISTA EM DESTAQUE

Com força e magia

 

Uma Maria mais acentuada: lá em Mairiporã (SP), ao lado da maior floresta urbana do mundo, a artista conhecida como “acentuadah” nas redes sociais trocou uma ideia virtual com a gente e compartilhou quando e como a arte se tornou parte da sua vida.

Vem conferir a entrevista na íntegra!

 

Quando sua história com arte começou?

Começou desde criança, quando preferia canetas a bonecas.

Me formei em Comunicação Social (Rádio e TV) e trabalhei como VJ, ilustrando e mixando imagens ao vivo em shows e eventos com video mapping. Em paralelo, o papel e a caneta sempre foram parte do meu momento comigo mesma.

Ao contrário de muitos artistas, eu comecei no digital e migrei para o orgânico. A pausa no mercado de entretenimento durante a pandemia foi o que me permitiu explorar novas formas de expressão; me apaixonei pela pintura, principalmente em grande escala, talvez pela percepção espacial que as projeções de vídeo me deram.

 

 

Você chegou a fazer algum curso voltado pra área?

Comecei sem ter feito nenhum curso, experimentando materiais, superfícies, formas e cores. Conforme fui evoluindo, sentia falta de técnicas, então encontrei o Issao Bazolli @issaozera, que me passou sua visão de desenho gestual e em seguida fiz o curso de pintura e muralismo do Apollo Torres @apolotorres. Além disso, tive a oportunidade de estudar na Faculdade da Futura Tintas, onde aprendi mais a fundo sobre materiais e aplicações da pintura tradicional.

 

Quais são suas inspirações?

Minhas inspirações vêm da observação da natureza e do desenvolvimento dos ciclos da vida através das plantas.

 

 

Como é o seu processo criativo?

Meu processo criativo começa entendendo o conceito e o espaço em que irei trabalhar. A partir daí, começam os estudos de cores, formas e montagem de moodboard até chegar em esboços digitais. Mas, às vezes, pulo todas essas etapas e deixo fluir direto na parede.

 

Quando o bloqueio criativo aparece, o que você costuma fazer?

Reviro minha casa (risos). Troco os móveis de lugar, mudo alguma parede de cor, faço jardinagem e coloco meu corpo em movimento com treino, pedal ou corrida. Entendi que tudo isso vira um jogo de recompensas com a minha criança interior e que a retomada dos insights criativos sempre vem, mesmo que de uma maneira meio caótica.

 

Ficamos curiosos: por que “acentuada” como user no Instagram?

Minha mãe sempre brigava comigo quando meu user era “Mariah” com H no final. Ela dizia: “Você é a Mariá, uma “Maria acentuada”, eu não coloquei H no seu nome”. E realmente, nas redes não dá pra colocar acento nos users, então assumi o acento que me diferencia de outras Marias.

 

 

Em qual superfície você mais gosta de criar?

Por ora, paredes e telas. Ah, e de preferência, grandes!

 

Qual é sua POSCA favorita?

Difícil escolher uma favorita, mas as que mais uso são as PC-5M, PC-7M e PC-8K.

 

Que conselho você daria pra alguém que tá começando na jornada com a arte?

Apenas faça. Do jeito que vier, onde estiver, com o que tiver à disposição. Cada pequeno passo é mais espaço que você dá para escutar ao seu “eu artista”. Não tenha medo dele.

 

Para acompanhar o trabalho da Mariá no Instagram, corre aqui: instagram.com/acentuada_art/.