Zine
Com força e magia
Uma Maria mais acentuada: lá em Mairiporã (SP), ao lado da maior floresta urbana do mundo, a artista conhecida como “acentuadah” nas redes sociais trocou uma ideia virtual com a gente e compartilhou quando e como a arte se tornou parte da sua vida.
Vem conferir a entrevista na íntegra!
Quando sua história com arte começou?
Começou desde criança, quando preferia canetas a bonecas.
Me formei em Comunicação Social (Rádio e TV) e trabalhei como VJ, ilustrando e mixando imagens ao vivo em shows e eventos com video mapping. Em paralelo, o papel e a caneta sempre foram parte do meu momento comigo mesma.
Ao contrário de muitos artistas, eu comecei no digital e migrei para o orgânico. A pausa no mercado de entretenimento durante a pandemia foi o que me permitiu explorar novas formas de expressão; me apaixonei pela pintura, principalmente em grande escala, talvez pela percepção espacial que as projeções de vídeo me deram.
Você chegou a fazer algum curso voltado pra área?
Comecei sem ter feito nenhum curso, experimentando materiais, superfícies, formas e cores. Conforme fui evoluindo, sentia falta de técnicas, então encontrei o Issao Bazolli @issaozera, que me passou sua visão de desenho gestual e em seguida fiz o curso de pintura e muralismo do Apollo Torres @apolotorres. Além disso, tive a oportunidade de estudar na Faculdade da Futura Tintas, onde aprendi mais a fundo sobre materiais e aplicações da pintura tradicional.
Quais são suas inspirações?
Minhas inspirações vêm da observação da natureza e do desenvolvimento dos ciclos da vida através das plantas.
Como é o seu processo criativo?
Meu processo criativo começa entendendo o conceito e o espaço em que irei trabalhar. A partir daí, começam os estudos de cores, formas e montagem de moodboard até chegar em esboços digitais. Mas, às vezes, pulo todas essas etapas e deixo fluir direto na parede.
Quando o bloqueio criativo aparece, o que você costuma fazer?
Reviro minha casa (risos). Troco os móveis de lugar, mudo alguma parede de cor, faço jardinagem e coloco meu corpo em movimento com treino, pedal ou corrida. Entendi que tudo isso vira um jogo de recompensas com a minha criança interior e que a retomada dos insights criativos sempre vem, mesmo que de uma maneira meio caótica.
Ficamos curiosos: por que “acentuada” como user no Instagram?
Minha mãe sempre brigava comigo quando meu user era “Mariah” com H no final. Ela dizia: “Você é a Mariá, uma “Maria acentuada”, eu não coloquei H no seu nome”. E realmente, nas redes não dá pra colocar acento nos users, então assumi o acento que me diferencia de outras Marias.
Em qual superfície você mais gosta de criar?
Por ora, paredes e telas. Ah, e de preferência, grandes!
Qual é sua POSCA favorita?
Difícil escolher uma favorita, mas as que mais uso são as PC-5M, PC-7M e PC-8K.
Que conselho você daria pra alguém que tá começando na jornada com a arte?
Apenas faça. Do jeito que vier, onde estiver, com o que tiver à disposição. Cada pequeno passo é mais espaço que você dá para escutar ao seu “eu artista”. Não tenha medo dele.
Para acompanhar o trabalho da Mariá no Instagram, corre aqui: instagram.com/acentuada_art/.