Zine
Um toque Magnólia
A Maju Bonorino sempre buscou deixar sua marca pelo mundo usando a sua criatividade. Hoje, sua marca é composta principalmente pela sua arte. Durante a pandemia, Maju descobriu que poderia juntar a paixão pela pintura e pela comunicação e foi aí que começou a espalhar suas cores pelo mundo.
Com seu nome artístico Magnólia, a artista carioca já deixou seus registros em diferentes lugares. Quartos infantis, paredes de uma cobertura e, até mesmo, um shopping center.
A gente bateu um papo com ela e você confere a conversa na íntegra aqui. Dá uma olhada!
Quando e como começou a sua história com a arte?
Não lembro de um momento da minha vida em que a arte não fosse presente. Por todos os lugares onde passei, na escola, em empregos… Sempre encontrei uma forma de deixar minha marca com toques criativos. Porém, nunca vi isso como um trabalho ou como algo que poderia se tornar um. Até que, em 2017, durante uma disciplina da faculdade de Jornalismo, em uma matéria chamada “Comunicação, Arte e Processos Criativos”, fui instigada a desenvolver um projeto criativo em qualquer área do meu interesse — e decidi utilizar esse momento como uma oportunidade de explorar esse lado artístico que sinto que sempre fez parte de mim.
Foi nesse momento que criei minha conta no Instagram, inicialmente para compartilhar colagens manuais, letterings e outras artes que fazia. No final do semestre, fui aprovada na disciplina, mas decidi continuar com a conta na internet. Não imaginava até onde chegaria com ela, mas buscava sempre criar algo novo para compartilhar lá e me motivava pelo apoio que recebia dos meus amigos e família.
No final de 2020, em meio a pandemia, aluguei meu primeiro apartamento. Eu lembro que sonhava com um apartamento igual de revista/Pinterest, mas não tinha dinheiro para investir em altas decorações. Uma amiga tinha umas latas de tinta pela metade em casa, me vendeu por um preço mais em conta e fiz umas primeiras pinturas na minha casa.
Era algo que eu não tinha muitas referências, um momento em que não se falava muito sobre pintura artística decorativa, mas eu só estava preocupada em pintar algo que fosse do meu gosto e do meu jeito. Foi assim que nasceu o “portal Magnólia” na entrada da minha casa: uma pintura livre, divertida e que fez com que alguns amigos me pedissem pra pintar suas casas também. Agarrei cada uma dessas oportunidades e a cada uma delas que eu ia, fazia e postava, eu abria novas portas e fechava com novos clientes. E vem sendo assim até hoje!
Quais são suas principais influências artísticas?
Minhas maiores influências artísticas vieram de dentro de casa. Cresci vendo minha mãe envolvida com todo tipo de arte e lembro de, ainda pequena, ser apaixonada por tudo que ela fazia e pensar que um dia queria ser tão talentosa quanto ela. Eu achava a letra dela a mais bonita de todas (e ainda acho), pedia a ajuda dela em todos os meus trabalhos de escola e aos poucos fui desenvolvendo esse lado artístico em mim também.
Meu irmão mais velho também é artista, trabalha como designer e faz colagens manuais. Dele, eu admiro o olhar. Ele é o mais crítico que conheço, mas tem muito bom gosto (e por isso é pra ele que peço opiniões antes de qualquer lançamento). Do meu pai, herdei a energia e também o gosto por arte e cultura. Ele me apresentou artistas e desde criança nos levou a eventos culturais, museus, teatros — nos ensinou a valorizar toda forma de arte. Não podendo deixar de falar do meu irmão caçula que, também imerso nessas influências e incentivos artísticos que sempre tivemos, por muitos anos fez parte de um grupo de dança. Sinto que esse meio moldou e molda a artista que sou hoje.
Como é o seu processo de criação?
Para criar meus projetos de parede, gosto de ver a foto do local, saber quem vai morar ali e dos gostos que possui. Se é uma empresa, levo em consideração a comunicação visual que eles já têm e a mensagem que desejam passar. Minhas inspirações vêm do meu repertório, que vou formando com muitos estudos, sendo observadora e prestando atenção em toda vida e movimentos ao meu redor. Minhas criações não são para mim, então não crio pensando em levar meus gostos pessoais para o cantinho das pessoas. Eu busco entender o que faz sentido pra elas e transformar isso em arte, com “um toque Magnólia” que é a minha essência por trás disso tudo.
Além das paredes personalizadas, com quais outros tipos de arte você trabalha?
Gosto de dizer que crio de tudo, porque sou aberta a criar tudo. Hoje em dia minha principal fonte de renda e divulgação do meu trabalho são as pinturas artísticas em paredes, mas também gosto muito de realizar artes digitais, como ilustrações e estampas. Também sou apaixonada por produção de conteúdo, que é o que me fez crescer tanto na internet. Faço isso tanto pra mim, quanto em formato de publicidade para outros clientes.
Qual foi o mural que você mais gostou de fazer? Por quê?
Meus favoritos são os quartinhos infantis. Sinto neles uma inspiração sem igual. Me encanto pelo universo lúdico, pelas possibilidades de brincar com as cores e amo a ideia de fazer parte das primeiras memórias dos pequenos. Já fiz também alguns trabalhos que marcaram muito minha trajetória, como quando pintei em dois shoppings grandes do Rio de Janeiro e tive minha arte vista por milhares de pessoas e conheci outros artistas. Além de uma cobertura que transformei inteira com a minha arte.
Que dica você dá para quem está iniciando agora no mundo artístico?
Busque aprender o máximo que puder e siga seu entusiasmo, ao invés de seguir o que te falarem que vai dar certo. Até porque, na arte, não tem certo ou errado. Então, se permita seguir sua essência, se permita experimentar, se permita errar e sempre insista em continuar.
Quais são os seus planos para os seus trampos?
Tenho diversos planos que ainda quero realizar, mas no momento tô focando minhas energias em espalhar minha arte por muitos lugares: seja criando coleções de produtos em colaboração com grandes marcas e/ou pintando casas em outros estados e até outros países
Gostou do trabalho da Maju? Você encontra muito mais nas redes sociais da artista @eumagnolia.